Soneto 314: Amor que se perdeu nas entrelinhas
Amor que se perdeu nas entrelinhas...
Amor que nem sempre é tal doce paz!
Que vem maltratando, tanto mal faz...
Amor se faz de amor, mas pura rinha!
Difícil é ter um amor na linha!
Perdeu-se, ora, tanto fez, tanto faz...
Morreu de agonia... Foi embora, jaz!
Imbecil amor, só na dor se aninha...
Esperava ser feliz, ser luar!
Chorou... Doeu... Um infeliz amar.
Negou... Adoeceu... Andou pra trás!
Navegou por tão tortuoso mar...
Serenou noite e dia, dor de amar...
Vagou sem ar, amor quão fugaz!
© SOL Figueiredo
15/10/2012 – 21:30h.