Saudade?!
Saudade? Não tenho, nem pequenina.
Dor na minh'alma, abusos desta vida!
Coração doído, esperança ruída!
Vontade de nunca ter sido menina!
Os sonhos? Sempre... nunca realizados...
Viagens sem volta, ruas sem saída...
Rumos sem paisagens, alma ferida!
Vãs dores de meus calos tão cansados...
Verdade tanta, nunca foi nem dita...
Não sou nem santa, nem mesmo maldita...
Só uma grande criança, até sofrida!
Saudade por ter sido já querida...
Alma qual arde por ser tão sentida!
Ousando mesmo tarde,... feito brita!
© SOL Figueiredo
28/01/2013 – 16:45h